Autodescontrolo

terça-feira, janeiro 30, 2007

Junkie

Ontem: "Só mais um episódio. Só mais um. É só mais um e depois eu vou dormir."

Isto foi o que eu disse a mim próprio várias vezes. Resultado, acabei por ver o resto da segunda temporada da série 24 e deitei-me bastante tarde.

Esta é outra das alturas em que não dá jeito nenhum morar sozinho, pois não há ninguém que tente incutir algum bom senso na tua cabeça, quando apesar da tua consciência se fazer ouvir o resto do teu corpo e da tua cabeça se recusam a obedecer.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Análises... sim ou não?

Numa conversa entre amigos eu disse que numa relação apenas passaria a não usar preservativo após análises sanguíneas quer da parte dela, quer da minha parte. A M. ficou um bocado perplexa a olhar para mim e perguntou-me se eu teria a coragem de pedir isso à outra pessoa. Eu disse que sim e ela então disse-me que se alguém lhe pedisse uma coisa dessas ela ficaria ofendida. Eu perguntei-lhe porquê, mas ela não foi capaz de me dar uma resposta concreta. Pelo que percebi acho que ela tomava um pedido desses como uma dúvida em relação à sua palavra e a ela enquanto pessoa. Reconheço que tenho alguma dificuldade em perceber este argumento ou esta posição quando estão tantas coisas em jogo, é que por muito que conheçamos a outra pessoa ou por muito que achamos que conhecemos a outra pessoa esta é a única maneira de ter a certeza. Eu não teria qualquer problema em aceitar um pedido destes (até porque como sou dador de sangue faço análises regulares contra algumas DST's mais perigosas) e até ficaria contente com ele, pois seria uma forma de ter pelo menos um ponto de partida seguro. É claro que mesmo assim os riscos persistem pois nunca temos a completa certeza de que o nosso parceiro não foi leal connosco e usar o preservativo é a única forma de evitar as DST's, mas às vezes temos de confiar... não é?

Dos que me conhecem e não conhecem o blog

A maioria dos meus amigos e conhecidos não sabe que eu tenho um blog ou se sabe não sabe o endereço. Também não têm muito interesse... quer no meu blog, quer nos blogs em geral. E sempre que surge a situação em que descobriram que eu tenho um blog e me perguntam o endereço fico sempre um bocado de pé atrás. Mas não é por não querer dar o meu endereço ou não querer que me leiam, é por achar que vou deixar de escrever X ou Y por saber que aquela pessoa me está a ler. Sei que já sou grandinho e que deveria saber lidar com estas coisas... mas ainda estou a aprender.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Incrédulo e a rir que nem um perdido

Eu tinha mesmo de partilhar isto. Estava a dar uma vista de olhos pelas palavras chave que o menino google trouxe até ao meu blog quando dou de caras com esta preciosidade com a qual ainda não consegui parar de rir. Alguém chegou até o meu blog fazendo a seguinte pesquisa:

"isso,isso continua a chupar!!!"

Eu acho fantástico que alguém se lembre de fazer uma pesquisa destas no google.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Coordenadas*

onde: Avenida da Boavista;
estou: a trabalhar;
a ler: "A quarta aliança" - Gonzalo Gine da colecção de livros (gratuitos) da Sábado, todos muito O código Da Vinci'Wanna Be;
a ouvir: Koop - Come to me e Koop - I See a Different You (cortesia de itsstillourpleasure) e Chill Out (cortesia do Pandora) que para trabalhar não há melhor;
a beber: café, água;
a comer: fusilli tricolor com marisco;
a ver: 24 - primeira temporada;
pensamento: quero ir para longe;
desejo: encontrar o botão de On desta coisa aqui que bate no peito;
a olhar: para o fim de semana que está quase quase aí;

(*) - porque as coordenadas podem ser o que quisermos...

Não quero nem saber porquê...

...mas hoje acordei com a vontade de morar na China.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Das pesquisas

Existem por aí mesmo muitos tarados senão vejamos, bastou a palavra voyerismo aparecer no meu blog para que uma tonelada de pesquisas do google com a palavra "voyerismo" viesse desembocar cá no tasco.



Eu nem quero pensar se em vez de voyerismo eu tivesse escrito swing, sado-masoquismo, bondage, exibicionismo ou mesmo fetiche, ménage à trois, orgia, pornografia ou bacanal. Se bem que acho que estão a escarpar-me palavras como sexo, sexo oral, sexo anal, masturbação, vibrador, sessenta e nove (69), cunnilingus ou fellatio.



Eu nem quero imaginar se eu escrevesse estas palavras no meu blog.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Koop - Come to me

Este prazer foi roubado descaradamente dos prazeres delas.



Desde ontem já perdi a conta ao número de vezes que ouvi esta música...

terça-feira, janeiro 16, 2007

Desporto da hora de almoço

No meio do almoço e durante as conversas esperar que alguém comece a beber. Quando a pessoa já levou o copo à boca e começa a preparar-se para beber, dizer uma piada. O objectivo é fazer com que a pessoa não consiga aguentar na boca o que bebeu e projecte o liquido para a sua frente. O engasgo e o babar são efeitos secundários muito frequentes. Quando praticar este desporto convém ter em atenção não estar à frente do alvo.



Até agora só consegui engasgues (é incrível o que as pessoas fazem para não molhar a pessoa à sua frente).

segunda-feira, janeiro 15, 2007

. . .

O gato de Cheshire ao olhar para a Alice soube que ela estava triste.



Sabia que o seu sorriso nada poderia fazer para alegrar a Alice, além do que o seu próprio sorriso era agora triste.



Desapareceu.



A Alice ao sentir-se observada voltou-se.



Nada viu...

sexta-feira, janeiro 12, 2007

O Autodescontrolo como serviço público

A Loira quis saber o que eram as tais "Lâminas de menta" pois também as queria experimentar.

E no espírito do verdadeiro serviço público, aqui estão ao vivo e a cores as tais lâminas de menta. Parecem-se com um rectângulo de plástico quase transparentes do tamanho de um selo. Têm uma consistência quase similar ao do próprio plástico e rasgam de uma forma bastante estranha, não como o papel e não oferecem a resistência do plástico. Atenção, o dedo não está incluído.


As que eu comprei, e que como podem deduzir da foto são da marca de um hipermercado da minha preferência, vêm acomodadas em caixas como as que podem ver na foto. São duas caixas, cada uma contendo 25 destas lâminas e também existem nas marcas de pastilhas elásticas mais conhecidas.

E com este guia visual sobre as "Lâminas de menta", a Loira já pode ter a sua experiência extra sensorial.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

A adolescência não justifica tudo

Sei que na adolescência temos muitos problemas de identidade, tudo é o fim do mundo e esse tipo de coisas. Mas nada justifica o que vou descrever a seguir.



Estava eu a descer a Avenida da Boavista a caminho do café matinal, quando passam por mim dois jovens com os seus 15/16 anos. Se bem que ambos estavam vestidos de forma esquisita, um deles bateu tudo. Do que eu me lembro e que ficou na minha cabeça, ele tinha umas all-star cor de rosa desapertadas, as calças de ganga estavam dentro das all-star. Isso para mim já é esquisito o suficiente, mas ainda ficou mais assim que eu vi que ele tinha uma camisa branca e por cima dela e devidamente presos nas calças uns suspensórios cor de rosa e no mesmo tom de rosa das all-star.Agora não me lembro é se era ele que tinha o boné à pintor francês, se o outro moço ou se já fui eu a fazer filmes. O outro também estava muito esquisito, com umas all-star e com as calças dentro das all-star, mas não eram rosa e ele não usava suspensórios.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Experiência extra sensorial

Estava ontem no hipermercado a fazer algumas compras a olhar para as pastilhas elásticas quando vejo uma caixa com e passo a citar "Lâminas de Menta" e onde estava marcado o preço tinha escrito Pastilhas elásticas.. Torci o nariz, mas pensei "Levo e vamos ver no que dá.", (Um amigo meu diz que eu compro sempre coisas estranhas, vejo-me forçado a concordar com ele!).

O que se vai seguir daqui em diante é uma transcrição fidedigna do diálogo que tive comigo próprio enquanto experimentava as tais "Lâminas de Menta":

"
- Isto não podem ser pastilhas elásticas. A caixa é demasiado pequena.
(Abro a caixa.)
- Que porra é esta?!?!
(Meto o dedo na caixa e retiro um rectângulo, mesmo muito fino quase transparente de cor azul do tamanho de um selo.)
- Mas afinal isto é o quê? Isto só se levar algum tipo de fermento especial é que se torna numa pastilha elástica!
(Extremamente desconfiado levo aquilo à boca.)
- Mas afinal o que é isto? Nem sequer sinto isto na boca.
- Isto está a começar a desfazer-se. É meio gelatinoso. Ao menos sabe a menta. Será que isto dá para mastigar?
- Não dá para mastigar! Então o que é suposto fazer com isto? Isto continua a desfazer-se. Sabe a menta, até aí já cheguei, mas o que é suposto eu fazer com isto?
- Também não dá para lamber, nem para chupar. Que chatice. Que aborrecido. Já nem sei se ainda tenho aquilo na boca ou se já se desfez.
- Deixa lá olhar para os ingredientes... blá... blá... colorante... blá... blá... espera aí... colorante?!?!?!?
(Vou em direcção ao espelho, abro a boca e...).
- Azul. Tenho a boca azul. Sabe a menta e deixa a boca azul.
- Mas qual é a piada disto. Eu gosto muito de menta mas... só isto?
- Deixa lá experimentar outra vez. Pode ser que me tenha escapado alguma coisa.
- Hummm... não... a mesma sensação estranha. Gelatinoso. Sabor a menta e pufff... desapareceu.
- Pode ser que amanhã perceba qual a piada disto.
"


Esta experiência encontra-se entre as mais estranhas e estúpidas que eu alguma vez tive.

Ah, e hoje continuo sem perceber a ideia por detrás das tais "Lâminas de menta".

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Alturas em que não dá jeito morar sozinho

Estava a tomar banho e lembrei-me que tinha colocado a toalha para lavar. No momento em que antevi a hipótese mais que provável de me ter esquecido de colocar uma toalha limpa no toalheiro e antes de verificar esse facto, senti um arrepio pelas costas abaixo ao prever o que ia acontecer. Olhei para o toalheiro e confirmou-se, a toalha não estava lá. A toalha estava no quarto vazio e para lá chegar tenho de atravessar molhado um corredor frio e voltar. Nesse preciso momento a primeira coisa que me passou pela cabeça foi chamar por alguém que me trouxesse a toalha. Ainda esbocei um chamamento mudo, até eu me lembrar que moro sozinho. A sacrificada foi a toalha de mãos que ficou completamente encharcada, pois se eu ia atravessar o corredor frio mas não o ia fazer molhado.

domingo, janeiro 07, 2007

Nova arma do James Bond

Ontem descobri que os brincos grandes em forma argola são umas armas de arremesso temíveis. Em filas para jantar dão direito a um atendimento muito mais rápido e a olhares amedrontados.



Além do que imaginar o actual James Bond de argolas a utilizá-las para dominar os seus inimigos dá todo um novo sentido aos seus filmes, à personagem do Q e aos seus inventos.



Da parte do James Bond com as tais argolas, em patins, de saia de folhos e de colar havaiano é melhor nem sequer perguntarem.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Do ano passado.

A Moleskine durou o ano todo. Com mais ou menos uso, ela foi durando. Com mais ou menos organização ela chegou ao fim do ano. Serviu muito bem os seus propósitos. E como tal já tem uma irmã a tratar do novo ano.

Voyerismo

Apetece-me escrever mas o assunto não sai. Olho em volta. O que vejo? Jornais gratuitos que apanhei no metro. Caderno onde gatafunho os apontamentos de trabalho. O meu telemóvel. Portátil à frente de um monitor que está desligado e que não sei muito bem o que está ali a fazer. Calendário de 2007 e um de 2006. Uma grande pilha de papeis que não é minha. Uns bonecos que presumo serem dos Happymeals que a criançada pede e pouco come. Uma data de canetas, marcadores de cor e um agrafador que não funciona. Papeis impressos com dados do projecto. O meu leitor de mp3 desligado. Muito do que aqui está não é meu. Quando tiver tempo para pensar nisso tenho de limpar isto dos objectos que não me pertencem, não sei sequer quem é o dono nem se está interessado neles. Mas olhando em volta a minha secretária está numa grande confusão. O que mais me chateia é que eu não sou a causa da confusão. A confusão já cá estava.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Estar sozinho

Os meus amigos têm alguma dificuldade em lidar com o facto de alguém querer e não se importar de estar sozinho. Para eles estar sozinho é uma fatalidade e ninguém quer estar sozinho. O que aconteceu foi que eu na última noite do ano resolvi jantar sozinho antes de me juntar aos meus amigos. Fiz um belo de um jantar só para mim e saboreei-o como se não houvesse amanhã. Só um aparte, o jantar estava mesmo, mesmo bom.



Quando lhes disse que tinha jantado sozinho juro que quase me senti uma pessoa má. Porque é que jantaste sozinho? Vinhas cá a casa! Ás vezes pára-te cérebro! Foram apenas algumas das frases que ouvi. Ao que eu retorquia (isto quando tinha oportunidade de falar), mas... mas... mas... (...) foi uma escolha minha. Quando acabava de dizer isso levantavam o sobrolho, olhavam para mim desconfiados e muito a contragosto diziam Bem se foi escolha tua tudo bem.. As desculpas que eles arranjam para não dizerem quem não conseguem estar sem mim.



E qual é o problema de jantar na última noite do ano com a pessoa de quem mais gosto? (Ok... admito esta última frase parece saída directamente de um anúncio, o anúncio era mesmo de quê? Aquele que dizia "Se eu não gostar de mim quem gostará?" ?)

terça-feira, janeiro 02, 2007

Da passagem de ano

Jogo Party.



Equipa adversária - Ela 1: "Qual a ilha dos Açores que tem nome de pássaro?"



Equipa adversária - Ela 2: "S. Miguel (...)"



(Silêncio)



Durante 5 minutos ninguém conseguiu parar de rir.

Da madrugada

O meu cérebro às 4h da manhã decidiu que eu já tinha dormido o suficiente. Nem sequer tive voto na matéria e não consegui encontrar argumentos que o conseguissem demover. Por mais que tentasse fechar os olhos, era impossível dormir, o meu cérebro recusava-se a adormecer. Restou-me aproveitar o tempo da melhor maneira, quer dizer da melhor maneira não, da melhor maneira possível dadas as circunstâncias. Livros e cházinho foi o que foi... ou o que é que estavam a pensar?

Estou a ver que o dia de hoje vai ser looongo e produtivo.

Uma passa ...

... e apenas um desejo.