Autodescontrolo

quinta-feira, abril 27, 2006

Reconfortante... mas pouco

Resta-me saber que fiz um bom trabalho e que fiz o melhor que sabia e podia. Sei que gostaram de mim e do meu trabalho e que apenas as circunstâncias não permitiram a minha continuidade, e isso reconforta-me... mas só um bocadinho.

segunda-feira, abril 24, 2006

A olhar para o umbigo

Eu bem olho, olho e olho, mas tirando o cotão que se acumula lá das t-shirts de algodão que uso, não consigo ver nada, nenhuma pista. Devo estar a olhar para o umbigo errado. Acho que vou começar a olhar para os umbigos que começam a andar destapados, posso não encontrar nenhuma resposta mas ao menos fico mais satisfeito.

sexta-feira, abril 21, 2006

Da conversa

- "Estás estranho."
- "Estás com uma cara..."
- "Parece que tens mais qualquer coisa para dizer, mas não dizes."
- "Estou confuso."
- "Parece que estás com nervoso miudinho!"

quinta-feira, abril 20, 2006

Conversas no comboio

- Desconhecida sentada à minha frente: "Acho que não gosto muito daquelas nuvens ali..."
- Eu com os meus botões: "Tenho quase a certeza que é mutuo!"

quarta-feira, abril 19, 2006

Dos pensamentos

Depois de ler uma coisa em que a questão "És um homem ou um rato?" aparecia, pensei para mim "Iiiiiicckkkk... Iiiiiicckkkk... Iiiiiicckkkk...", e achei que estava na hora de fazer qualquer coisa acerca disso. Comer queijo passou-me pela cabeça, confesso ;)

terça-feira, abril 18, 2006

O meu urso de peluche

Eu tenho um urso de peluche que me acompanha quase desde que nasci. É vermelho e bege, já não tem nariz há muito tempo e também perdeu os olhos que são agora dois botões vermelhos e que já vão na segunda ou terceira geração. Está com o pêlo muito gasto, tem muitas cicatrizes e já perdi a conta às vezes que a minha mãe o "operou" sem anestesia. Se de início era a minha companhia durante o sono e o "irmão" que nunca tive, mais tarde era apenas o que eu usava para a almofada ficar um bocadinho mais alta daquele lado.

Ao olhar para trás posso dizer que sobreviveu a muita coisa. Como sempre tive alguma dificuldade em adormecer, eu costumava inventar histórias em que os personagens eram eu, o urso (eu, sempre o herói) e talvez alguns imaginários. Acontecia de tudo um pouco e embora não me lembre muito bem da maioria das coisas, sei que era frequente andar à porrada com o urso (eu ganhava sempre mas com reviravoltas dignas de hollywood).

Para além de tudo isso sempre serviu como arma de arremesso contra as melgas, como detesto melgas (e não consigo dormir enquanto existir uma que seja) com os anos e com a prática fui ficando especialista a matá-las com o urso de peluche. A minha mãe ia ao ar e vinha com todos os selos que ficavam nas paredes, pois eu não era meiguinho com os arremessos e era comum ficarem completamente esmagadas, não fosse a cor e ficariam completamente integradas na parede.

O urso durante os últimos anos ficou no esquecimento, quando ia a casa de fim de semana continuava a usá-lo para que a almofada ficasse mais alta daquele lado, mas usava-o sem me lembrar do que era. No fim de semana passado olhei para ele como olhos de ver e pensei para mim, "Tu estás comigo desde que nasci!" e fiquei um bom bocado a olhar para ele.

Sim, o urso tem um nome. Não sei quem o escolheu (boa questão, tenho de perguntar isto aos meus pais) mas tem um nome um bocado, senão todo, feminino (espero que por causa disto ele não precise de psiquiatra). Chama-se Nuca.

PS: Pensando bem, pode ser a razão pela qual gosto tanto do Calvin & Hobbes ;) embora eu fique a anos luz da imaginação do Calvin.

segunda-feira, abril 17, 2006

Das festas e afins

A quantidade de coisas dispares que eu consigo comer (sem ficar minimamente enjoado) até a mim me impressiona. Ainda bem que estes dias acontecem com pouca frequência.

quinta-feira, abril 13, 2006

Bookcrossing forçado

A quem quer que encontre o livro, tinha-o comprado na segunda feira, que eu deixei ontem no comboio ("Nus de Pessoas Famosas" de Jon Stewart), que o trate bem, que lhe dê um bom lar e que o leia, já que eu ainda não tinha terminado.

E ele voltou para o Porto, não deve ter gostado de Aveiro. O livro está assinado mas isso não vale de nada, vou passar a colocar também o meu número do telemóvel.

quarta-feira, abril 12, 2006

Completamente perdido e não foi na tradução

Só gostava de saber quem foi o iluminado na sic que teve a ideia passar o Lost in translation às 2 da manhã de domingo. Obviamente que toda a gente viu e ninguém trabalha no dia seguinte.

Um caminho ou andar às voltas?

Descobri, embora já o desconfiasse, que muitas vezes não sei o que prefiro ou o que gosto. Não foi bem uma descoberta, foi mais uma confirmação perante mim. Nunca tinha sido um grande problema até pensar sobre isso e relacioná-lo com a minha falta de autoestima/autoconfiança. Descobri que não sei bem quem sou, do que gosto, do que realmente me dá prazer e que não me conheço realmente (tirando talvez os defeitos...), para não falar na aceitação que tenho de mim mesmo. No entanto para me conhecer, tenho de encetar um luta contra um adversário de renome... eu próprio, pois quer a minha dificuldade em dar-me a conhecer, quer a minha capacidade incrível de adiar coisas importantes são grandes obstáculos. Porém não consigo deixar de pensar que isto é mais uma das minhas falsas partidas do tipo, "De agora em diante é que vai ser...", que é algo do tipo "ano novo" mas quando me dá na cabeça. Reparei agora que isto só me acontece quando as coisas correm menos bem.

Mas não são só coisas más, temos também a minha capacidade de... hummm... bem... e aquilo que faço com os dedos... não conta?... hummm... e se for aquilo do... é melhor esquecer... e... pois, esse é melhor não... mas então... ;)

segunda-feira, abril 10, 2006

Match Point

Finalmente arranjei companhia para ir ver o Match Point, na sexta à noite fui comigo ao cinema. Foi a segunda vez que fui sozinho ao cinema, a primeira foi há muitos anos quando um amigo preferiu e muito bem ficar apenas com a namorada noutro sítio qualquer que não o cinema.

Gostei bastante do filme e não era de todo o que eu estava à espera. Quando o filme acabou fiz o paralelo da história do filme com o facto do (sortudo do) actor no início do filme estar a ler o "Crime e castigo" de Dostoievski (ter lido o livro ajudou).

Sinto-me como ...



... Indiana Jones. A procura não sei bem do quê, sem chicote, sem saco a tiracolo, sem chapéu, sem estilo, sem Jones Girl, sem Graal... Mas à procura.

sexta-feira, abril 07, 2006

Blá... Blá... Blá...

Eu quis apanhar o comboio, o meu passe não e preferiu ficar em casa no quentinho a aproveitar mais umas horas de sono. Tive de voltar para o buscar e ele ofereceu alguma resistência. Voltei a arranjar lugar para estacionar mesmo perto, corri apressadamente e olhei, "O comboio ainda lá está". Acelerei ainda mais, descobri que descer muitas escadas com velocidade não é tarefa fácil. Estava 15 metros do comboio, agora a subir escadas (tarefa tambem difícil quando se está com pressa) e ouço aqueles inconfundíveis ruídos do motor do comboio a iniciar a marcha. Dei meia volta e comprei um jornal, rumei ao café mais próximo e calmamente muito saboreei um café e li o meu jornal enquanto esperava pelo próximo comboio.

quinta-feira, abril 06, 2006

Motivação

Este blog ainda vai virar um blog de engate!

Procrastinação/Procrastination

Uma palavra nova no meu dicionário (e também complicada e chata de dizer... irra!) e que parece explicar algumas coisas...


Na wikipédia: Procrastination

PS: Era para ler algumas coisas relacionadas com isto, mas não me apeteceu muito e por isso acho que vou deixar para ler amanhã, ou depois...

quarta-feira, abril 05, 2006

Constatações

A morte, a solidão, o sol, os passarinhos a cantar. O que têm em comum, aparentemente nada. No entanto nas nossas vidas são tão importantes uns como os outros, embora tenhamos a tendência para achar que não. E o esforço que temos que fazer para nos lembrarmos do sol e de que os passarinhos cantam quase nos faz acreditar que não são importantes. Ter as coisas como garantidas não é o mesmo que elas não serem importantes, quer apenas dizer que precisamos de sair da dormência em que nos encontramos.

O foco

Manter a concentração onde ela é necessária é muito difícil para mim. Estou sempre a mudar o meu foco e nunca fica o tempo suficiente para criar a concentração. Aconteceu várias vezes enquanto estava a escrever esta entrada, ora é o correio electrónico, ver este ou aquele site que entretanto me lembro que ainda não vi, verificar se aquela tarefa já tinha terminado, verificar os feeds deste ou daquele site de notícias, mudar de música porque não me agrada, etc. Resumindo, não consigo manter a minha concentração em nada. O excesso de informação leva a que o meu cérebro esteja constantemente a fugir da tarefa actual para a outra que parece mais interessante ou mais importante. Isso tudo aliado à minha falta de organização e incapacidade de dizer que não ao meu cérebro faz com que nunca esteja realmente concentrado. Esse facto leva a que eu tenha de fazer um esforço bem maior que o normal para fazer o que é necessário, o que me deixa esgotado.

terça-feira, abril 04, 2006

Da série: "E já deixavas isso ..." IV

Confundo os gajos todos, senão vejamos as palavras-chave que levam as pessoas a virem até aqui através dos motores de busca:
  • circo celebridades que saio (Google)
  • pretas boazonas (Google)
  • infedilidade virtual (Google)
  • boazonas (Google)

O que eu gostava mesmo era de ver as caras deles ao chegar aqui e pensarem... "Mas que raio!?!?!?!?"

Da série: "E já deixavas isso ..." III

Será que as vacas comem mmmúúúúúúúúúúúúúrangos?

Da série: "E já deixavas isso ..." II

Será que quando uma borboleta bate as asas em Portugal alguém se apaixona em Singapura?

Da série: "E já deixavas isso ..."

Será porque uma das características do cão ser a fidelidade que se diz cãopromisso? E será que se a coisa for assim mais independente se chamará de gatopromisso? E se não exitir fidelidade, será um coelhopromisso ou um ratopromisso?

segunda-feira, abril 03, 2006

Do fim de semana

Noite de sexta a dançar até às tantas apesar da música não agradar, estava mesmo a precisar. No sábado ao fim da tarde ir até à praia tentar encontrar algum rumo no mar, e mais uma vez ver os Toranja à noite. Domingo passado entre pequenos prazeres, o sol, o gelado, a esplanada à beira mar, a conversa e os amigos.

É que nem vale a pena...

Invade-me como uma doença, toma conta de cada célula, toma conta de mim. Que eu espirre, que eu arda em febre e sue, que eu tenha tremores e delírios. Delirar. Delirar muito. Delirar sempre.