O meu urso de peluche
Eu tenho um urso de peluche que me acompanha quase desde que nasci. É vermelho e bege, já não tem nariz há muito tempo e também perdeu os olhos que são agora dois botões vermelhos e que já vão na segunda ou terceira geração. Está com o pêlo muito gasto, tem muitas cicatrizes e já perdi a conta às vezes que a minha mãe o "operou" sem anestesia. Se de início era a minha companhia durante o sono e o "irmão" que nunca tive, mais tarde era apenas o que eu usava para a almofada ficar um bocadinho mais alta daquele lado.
Ao olhar para trás posso dizer que sobreviveu a muita coisa. Como sempre tive alguma dificuldade em adormecer, eu costumava inventar histórias em que os personagens eram eu, o urso (eu, sempre o herói) e talvez alguns imaginários. Acontecia de tudo um pouco e embora não me lembre muito bem da maioria das coisas, sei que era frequente andar à porrada com o urso (eu ganhava sempre mas com reviravoltas dignas de hollywood).
Para além de tudo isso sempre serviu como arma de arremesso contra as melgas, como detesto melgas (e não consigo dormir enquanto existir uma que seja) com os anos e com a prática fui ficando especialista a matá-las com o urso de peluche. A minha mãe ia ao ar e vinha com todos os selos que ficavam nas paredes, pois eu não era meiguinho com os arremessos e era comum ficarem completamente esmagadas, não fosse a cor e ficariam completamente integradas na parede.
O urso durante os últimos anos ficou no esquecimento, quando ia a casa de fim de semana continuava a usá-lo para que a almofada ficasse mais alta daquele lado, mas usava-o sem me lembrar do que era. No fim de semana passado olhei para ele como olhos de ver e pensei para mim, "Tu estás comigo desde que nasci!" e fiquei um bom bocado a olhar para ele.
Sim, o urso tem um nome. Não sei quem o escolheu (boa questão, tenho de perguntar isto aos meus pais) mas tem um nome um bocado, senão todo, feminino (espero que por causa disto ele não precise de psiquiatra). Chama-se Nuca.
PS: Pensando bem, pode ser a razão pela qual gosto tanto do Calvin & Hobbes ;) embora eu fique a anos luz da imaginação do Calvin.
Ao olhar para trás posso dizer que sobreviveu a muita coisa. Como sempre tive alguma dificuldade em adormecer, eu costumava inventar histórias em que os personagens eram eu, o urso (eu, sempre o herói) e talvez alguns imaginários. Acontecia de tudo um pouco e embora não me lembre muito bem da maioria das coisas, sei que era frequente andar à porrada com o urso (eu ganhava sempre mas com reviravoltas dignas de hollywood).
Para além de tudo isso sempre serviu como arma de arremesso contra as melgas, como detesto melgas (e não consigo dormir enquanto existir uma que seja) com os anos e com a prática fui ficando especialista a matá-las com o urso de peluche. A minha mãe ia ao ar e vinha com todos os selos que ficavam nas paredes, pois eu não era meiguinho com os arremessos e era comum ficarem completamente esmagadas, não fosse a cor e ficariam completamente integradas na parede.
O urso durante os últimos anos ficou no esquecimento, quando ia a casa de fim de semana continuava a usá-lo para que a almofada ficasse mais alta daquele lado, mas usava-o sem me lembrar do que era. No fim de semana passado olhei para ele como olhos de ver e pensei para mim, "Tu estás comigo desde que nasci!" e fiquei um bom bocado a olhar para ele.
Sim, o urso tem um nome. Não sei quem o escolheu (boa questão, tenho de perguntar isto aos meus pais) mas tem um nome um bocado, senão todo, feminino (espero que por causa disto ele não precise de psiquiatra). Chama-se Nuca.
PS: Pensando bem, pode ser a razão pela qual gosto tanto do Calvin & Hobbes ;) embora eu fique a anos luz da imaginação do Calvin.
2 Comments:
At 12:04 da manhã, Anónimo said…
Olá. Comentaste o meu blog há tempos e comecei a dar uma vista de olhos pelo teu. Tens coisas interessantes, só é pena que não o actualizes regularmente (o que não é defeito). :)
Esta história fez-me lembrar o meu urso de peluche. Recebi quando era mesmo pequenina e durante muitos anos dormiu comigo. Uns anos mais tarde foi substituído por outro que me ofereceram, mas isso é outra história.
O que me lembro que me chocava imenso era quando o urso ia para a máquina de lavar. Lá estava ele a andar às voltas e voltas lá dentro. :| E quando saía estava todo mole... :(
Acho que já escrevi demais. Desculpa lá. (é da hora...)
At 5:45 da tarde, Anónimo said…
Pitux, Podes escrever o que quiseres... e não tenho actualizado mais por falta de oportunidade do que por vontade :)
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