Autodescontrolo

segunda-feira, agosto 06, 2007

Exibições púb(l)icas

Acabávamos de chegar à praia e pousamos as nossas coisas no sítio de costume. Ao descermos para perto do mar a L. reparou que um casal olhava bastante para nós e encaminhava-se na nossa direcção. Cruzamo-nos com eles e iniciamos o nosso passeio junto ao mar. Eu comecei a brincar com a B., uma cadela dálmata muito gira e engraçada e a determinada altura comecei a correr com ela. A L. foi ficando para trás e quando dei conta, ela já voltava pois tinha avistado o tal casal em direcção às nossas coisas e não queríamos ficar à mercê dos amigos do alheio. Comecei também a voltar.

Quando voltamos a ver as nossas coisas reparamos que o casal tinha-se colocado aí a uns 5 metros do nosso sítio, mas num ponto mais elevado, semi-disfarçado por umas ervas e que tinha a forma de uma meia toca. De junto ao mar começamos a ver as primeiras movimentações, pois eles instalavam-se de uma forma bastante estranha. Decidimos continuar junto ao mar, agora no sentido inverso. Quando voltamos e antes de prosseguir olhamos para onde o casal estava e qual não foi o nosso espanto quando via-se o homem vestido meio encaixado na meia toca e a cabeça da mulher a fazer oscilações verticais mais ou menos a meio do corpo do homem e com as ervinhas a "tapar".

Sim, também foi esse o primeiro pensamento que nos veio à cabeça.

Apesar do espanto, continuamos a andar junto ao mar. De novo na volta e ao passar mais perto das nossas coisas, as oscilações verticais da cabeça da mulher eram agora acompanhadas pela mão do homem sobre a cabeça dela, um clássico. Apesar disso eu e a L., decidimos ir jogar cartas para o nosso lugar.

Completamente conscientes da nossa presença, não estavam minimamente preocupados com ela. E se ainda pudéssemos ter algumas dúvidas sobre o que se passava, elas ficaram completamente desfeitas com a nossa proximidade e com o facto de termos uma melhor visibilidade, primeiro a L. e depois de trocarmos de lugar depois eu.

Sim, a mulher estava a fazer um fellatio, vulgo sexo oral, ao homem.

Aí eu reparei que para além da mão na cabeça, a segunda mãozinha segurava uma das mamas da mulher, um clássico também, não fosse ela escorregar e vir parar ao nosso lugar. Começávamos a ficar incomodados com a situação. A determinada altura e enquanto jogávamos cartas comentamos que a cadela bem que podia começar a ladrar e ir ter com eles para ver se eles saíam dali.

Cerca de 10 minutos após termos feito esse comentário, a cadela que até agora tinha ignorado tudo o que havia passado, fica muito atenta ao que se passava mais acima e começa a ladrar. Continuou a ladrar e qual heroína em perseguição do bandido, foi-se aproximando do casal até ficar mesmo junto a eles e a ladrar furiosamente, que ao que parece não ficaram não nada incomodadas com a sua presença. Logo de seguida a L. lançou-se atrás da cadela e só quando ela chegou lá a cima é que eles pareceram ficar um bocadinho incomodados com a situação.

Ele muito preocupado com a exposição da companheira saca do chapéu e, reparem bem, tenta tapar o rabo para que a L. não o visse. Reparem bem, ela está a fazer-lhe sexo oral e ele está preocupado em que vejam o rabo à companheira. Mais uma vez, ela tem o pénis dele na boca e a preocupação dele é a exposição do rabo da companheira. Há aqui alguma coisa errada, não há?

A L. já a descer e a trazer a B. com ela, diz-me em alto e bom som:
- "A gaja está nua."

Como podem perceber nada disto lhes passou ao lado. Eles ficaram incomodados? Eles pararam e foram-se embora?

Não!

Como começava a ser evidente que tínhamos sido escolhidos para um espectáculo qualquer de exibicionismo sórdido, e devido à excitação da B. resolvemos continuar a passear ao longo da praia. Sempre que passávamos junto às nossas coisas, e olhávamos para o sítio onde estava o casal, podíamos continuar a ver a cabeça dela oscilante com a mãozinha dele a acompanhar.

Como a praia não era vigiada e não podíamos fazer grande coisa, ainda tentamos encontrar algum mirone pelas dunas e dar-lhe as indicações exactas para o sítio, pois mirone que é mirone precisa de algo para mironar. Mas em vão, pois parece que naquele preciso instante todos tinham ido para algum lado que não ali, o centro da acção. Ainda esboçamos um plano para abordar um qualquer mirone fingindo que o teríamos confundido com algum agente de uma força de autoridade, mas não deu em nada pois mirones nem vê-los, e eu admito a desculpa era só um bocadinho rebuscada hehehehe.

O espectáculo ainda durou mais uns 2 ou três passeios junto ao mar até que a vimos a vestir a roupa, a arrumarem as coisas e a irem embora.

Sempre achei que com a idade vinha algum juízo, mas com ele na casa dos 40 e ela um bocado mais nova, trucidaram por completo a minha teoria.

Depois de eles terem ido embora, apareceram várias pessoas a andar pelas dunas e vários mirones. A minha pergunta é, por onde raio é que eles andaram quando estava a acontecer a sessão de sexo oral?

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