É como andar de bicicleta!
Quando alguém já não faz alguma coisa há muito tempo e depois volta a fazê-la muitas vezes dizemos "É como andar de bicicleta, nunca se esquece!". De certa forma pelo menos no que diz respeito a algumas coisas é verdade, podemos não dominar completamente o que estamos a fazer, mas os princípios básicos estão lá e com mais ou menos tempo acabamos por conseguir dominar novamente o que nos propomos a fazer.
Isto parece ser verdade para tarefas em que o fundamental e os princípios básicos não mudam, mas por exemplo em relação aos afectos ,será que este princípio se mantém?
A questão coloca-se porque no que diz respeito aos afectos tenho dúvidas que isso aconteça pois muda sempre muita coisa, mudam os afectos ou pelo menos a forma como estes se manifestam em nós, muda a pessoa, muda aquilo que nos agrada ou desagrada na pessoa, mudam as convivências ou seja muda muita coisa. A questão é, será que no seu fundamento o afecto que tivemos por uma pessoa é similar ao que temos pela pessoa seguinte, será que é como andar de bicicleta, nunca se esquece? Ou temos de voltar a aprender de andar porque mudaram os pedais, o guiador ou o assento de lugar e as regras básicas já não se aplicam?
Isto parece ser verdade para tarefas em que o fundamental e os princípios básicos não mudam, mas por exemplo em relação aos afectos ,será que este princípio se mantém?
A questão coloca-se porque no que diz respeito aos afectos tenho dúvidas que isso aconteça pois muda sempre muita coisa, mudam os afectos ou pelo menos a forma como estes se manifestam em nós, muda a pessoa, muda aquilo que nos agrada ou desagrada na pessoa, mudam as convivências ou seja muda muita coisa. A questão é, será que no seu fundamento o afecto que tivemos por uma pessoa é similar ao que temos pela pessoa seguinte, será que é como andar de bicicleta, nunca se esquece? Ou temos de voltar a aprender de andar porque mudaram os pedais, o guiador ou o assento de lugar e as regras básicas já não se aplicam?
4 Comments:
At 11:05 da manhã, Anónimo said…
Grande questão Pedro....;)
Bom eu tenho para mim que sentir e mecanizar não têm nada a ver. Ou seja não podes comprar sentir, desejar, amar, acarinhar, a movimentos mecanizados, como conduzir, andar....porque ao fim ao cabo são mecanizados, são coisas que interiorizamos automaticamente e que mecanizamos! E sentir não tem nada de mecanico ou automatizado....
Mas uma coisa bate certa nessa tua questão....o hábito nessas coisas do amor, tb nos torna mecanicos e automatos, quando nos mergulhamos num marásmo e na rotina de uma relação....
E não, não é sempre igual, não é como andar de biciclete, não é chapa 3 e igual ao anterior....pq partilhar implica dar e receber, implica intimidade, implica conhecer, implica ceder um pouquinho, moldar...enfim!
Bom e por aqui me fico senão escria te um novo post ;)
Beijos gds e bom fds prolongado!
At 11:31 da manhã, Márcio said…
Amigo,muito bem observado... gostei. Aqui fica a minha opinião sobre o mesmo.
Sim penso que sim. Utilizando a metáfora da bicicleta, os princípios básicos não são apenas o equilíbrio mas a forma como te equilibras a forma como conduzes a bicicleta (não no sentido de "conduzirmos" o(a) nosso(a) companheiro(a) mas a relação). Claro que tens de te adaptar a tua condução se a bicicleta mudar, mas a tua forma de conduzir é a mesma.
De certeza que tens os teus ideais de relação a dois, de certeza que continuas a tê-los. Mas penso que de resto muda tudo, a forma como irás crescer ao lado dessa pessoa é forçosamente diferente, pois as experiências vão ser diferentes.
Sabemos que isto dos afectos é tudo muito complexo, mas coloco-te a seguinte questão. Tens vários amigos, de certeza que o relacionamento é diferente com eles todos pois são pessoas com personalidades distintas, mas o teu significado de amizade, a tua forma de "estar numa amizade" difere de amigo para amigo?
At 3:01 da tarde, Anónimo said…
Uma questão interessante.
Dizer-se que "é como andar de bicicleta" não é uma coisa que depois de volta a fazer muitas vezes, mas algo que se volta a fazer passado muito tempo e que se apercebe que nunca se esqueceu, afinal.
Eu acho que essas coisas nunca se esquecem, porque são aspectos que fazem parte de nós mesmos. Mas acho que a pessoa pode estar mais "destreinada"... talvez. Mas só isso.
At 2:33 da tarde, Pedro said…
paty, e porque não um post?
márcio, mas com os amigos "exercitas" diáriamente. E quando em outros afectos isso não acontece... será como andar de bicicleta? ;)
pitux, eu tb acho que nunca se esquecem, mas ainda assim... :)
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