De 2006

Um post em jeito de balanço, pois acho que 2006 merece pois surpreendeu-me pela positiva. Este ano tinha tudo para ser um ano menos bom, pois a antevisão prometia.



Iniciei 2006 a morar em Aveiro.



Um mês antes de 2005 terminar, fiquei a saber que era esse o tempo que eu tinha para arranjar um novo emprego. A forma como me foi dito, a falta de explicações para tal, a frieza e a razão porque o fizeram fez com que eu ficasse completamente sem reacção e com ar aparvalhado nos minutos seguintes. Depois ficou apenas o sabor amargo. Alguns dias depois e após alguns contactos, surgia uma oportunidade. Era algo temporário, que poderia ser permanente, mas eu não me podia dar ao luxo de não trabalhar. Aceitei.



Dia 2 de Janeiro estava a trabalhar. Foi uma boa experiência, trabalhei com excelentes pessoas, aprendi muito mas as circunstâncias não permitiram a minha continuidade. Apesar de tudo soube bem obter o reconhecimento deles. Mas 4 meses depois estava novamente à procura de novo emprego. Como tinha ainda algumas pontas soltas por atar resolvi não procurar logo emprego com os riscos todos que daí advêm, especialmente para quem tem contas para pagar.



Atei as pontas todas.



No inicio de Junho sou contactado para uma entrevista. Entrevista 1. Entrevista 2. Querem a minhas resposta o mais depressa possível. Os telefonemas sucedem-se. Pelo meio soube que a empresa tinha mudado de mãos. Pertença de um grande grupo português, passou para mãos indianas. Decidi embarcar nessa dupla aventura.



Mudei-me para Braga, passei a morar completamente sozinho e dia 2 de Julho estava novamente a trabalhar. A empresa para a qual tinha trabalhado no início do ano agora já pode contratar e faz-me uma proposta, com pena tive de recusar. Estou bem. Um colega que tinha trabalhado comigo em Aveiro e que agora trabalha em Lisboa pensou em mim para um projecto, tive de recusar. Estou bem. O meu ego ficou devidamente massajado.



Este ano atingi mais objectivos do que algumas vez podia imaginar. Finalmente terminei coisas que já deviam estar concluídas há muito tempo. Moro sozinho. Sou completamente independente. Faço algo de que gosto.



Eu ia começar por dizer que não se pode ter tudo, mas dei por mim a discordar completamente deste cliché.



Se a nível profissional e individual as coisas acabaram por bem melhor do que eu podia imaginar, os sentimentos ficaram num limbo, estagnados, sem nada que os fizesse mexer.



O ano de 2006 foi muito bom mas ainda não terminou, por isso quem sabe...



...ainda muito pode acontecer.