Autodescontrolo

segunda-feira, setembro 25, 2006

Fim de semana entre as uvas

Fim de semana na terrinha, de contacto com a terra e de contacto da água comigo. Eu explico, este fim de semana fui vindimar. Sim, porque eu sou um gaijo muito prendado e sei fazer de tudo. Eu até gosto de vindimar, não gosto de o fazer é com chuva. Isto porque lá na terra as vinhas são de ramada, e quando se anda a vindimar é necessário esticar a mão mesmo quando se anda com escada, ou as duas caso se ande com tesoura, para apanhar os cachos de uvas. O que acontece de seguida é que as uvas estão molhadas e com gotas de àgua fria, que começa a escorrer pela mão abaixo, entra pela manga e desce pelo braço abaixo. É uma daquelas sensações mesmo muito desagradáveis, devo dizer que apenas custam as primeiras 30 ou 40 gotas. Ah, mas existe também o caso em que em vez de uma gota, desce um autêntico rio de água fria que estava acumulado numa folha da vizinhança, neste caso costumo fincar os dentes, rosnar baixinho e contar até 10 para não soltar um rugido digno do tarzan.
Mas a parte do contacto com a àgua não foi só a que estava nas uvas, é que quando estava mesmo a terminar, em que já começavamos a voltar para casa com as uvas, o céu que até àquele instante tinha contido toda e qualquer gota de àgua, desaba a chover como se não houvesse amanhã. Resultado fiquei todo encharcado e cheio de frio. Eu em certas alturas até gosto de apanhar chuva, mas tem de ser uma coisa mais pró voluntária e com direito a banho quente com mimos no fim.

5 Comments:

  • At 3:04 da tarde, Blogger  said…

    É o que eu digo... anda tudo na "apanha da uva".
    Já não faço isso há muitos anos, na realidade acho que nunca o cheguei a fazer de facto. Como era "pequenita" não devia dar grande produtividade...
    Mas com chuva sem chuva, com frio, com calor, é o contacto com a mãe natureza e a companhia agradável dos que a nós se juntam (e provavelmente a expectativa do produto final) que criam uma mística qualquer que há na "apanha da uva".

     
  • At 7:51 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Há uns anos também estive nas vindimas para ajudar o meu avô. Fui pelo menos uns dois anos. Não trabalhei muito porque era pequena e não se estava a contar propriamente com o meu trabalho mas com o daqueles que estavam a ganhar para trabalhar. Lá na zona de Bragança as uvas eram de cepa baixa em que não se sobe a uma escada mas temos que nos baixar para apanhar as uvas.
    Lembro-me de, num ano, estava eu e as minhas irmãs e tinhamos acabado de encher as cestas todas. Resolvemos colocar as uvas em sacos plásticos. Não nos podia ter dado pior ideia porque, ao ir embora, os sacos estavam pesadíssimos e não podiamos com eles. Começaram a rebentar e nós a ficarmos todas sujas porque levavamos as uvas no colo para não ficarem ali no caminho. Do pior! :) Apesar de tudo, partimo-nos a rir com as cenas que fazíamos. E quanto mais nos ríamos menos força tínhamos.
    Mas pior do que as vindimas é a apanha da castanha que cansa realmente quando se apanham as castanhas do chão. Ao fim de uma hora já nem se sentem as pernas. :(

     
  • At 9:35 da manhã, Blogger Pedro said…

    ná, "apanha da uva"? hummm... o que é que estão aí a fazer as aspas?

    pitux, lol. Se algum dia quiseres experimentar vindimar em ramada, acho que lá em casa se arranjam umas escadas O:) Lá na minha terra só se apanham castanhas para comer. Por isso ninguém se queixa nem fica cansado :)

     
  • At 1:08 da tarde, Blogger  said…

    Isso da "apanha da uva" é uma piada inspirada nos Gato Fedorento,.
    Se tiveres tempo dá uma espreitadela : http://www.youtube.com/watch?v=4xwO03MqSyw ;)

    Já agora, Parabéns!! Votos de um dia feliz!

     
  • At 10:52 da manhã, Blogger Pedro said…

    ná, vi quando a série deu mas já não me lembrava. Muito bom :)

    Obrigado ;)

     

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