Pequena história
As minhas mãos estavam pousadas no volante, o pé no acelerador e olhava para a estrada mas os meus pensamentos não a acompanhavam. A pergunta que insistentemente desviada a minha atenção da estrada era "Porque é que sou tão diferente? Ou porque é que eu tenho a mania que sou diferente?" Estas perguntas circulavam uma e outra vez na minha cabeça, bem como momentos em que essas características foram mais evidentes.
Sempre fui assim desde miúdo, os meus pais nunca foram particularmente carinhosos comigo mas sei que gostam muito de mim, nunca tive muitos amigos e passava muito tempo sozinho. Isso nunca me incomodou, até porque nunca pensei muito sobre isso.
Até que chegaram as hormonas e passei a olhar para as gajas com outros olhos. Embora olhasse muito e convivesse com algumas delas nunca houve nenhuma delas que realmente me despertasse a atenção. Os anos foram passando e todos os meus colegas já tinham tido encontros mais imediatos e mais ou menos duradouros. Comigo era sempre aquela questão, faltava qualquer coisa, se não gosto mais vale estar quieto. Como é que eu sabia disso sem nunca sequer ter experimentado. Não faço ideia, acho que nunca quis o suficiente para realmente tentar, o meu gene Y devia vir com defeito de certeza!
Depois veio a universidade e finalmente um *click* e então entrei de cabeça, custou não foi fácil mas lá consegui o que queria, ela. Como nada dura para sempre, 4 anos depois as coisas tremeram e o meu mundo desabou, demorei muito a recuperar, mesmo muito porra, eu gostava mesmo dela.
A vida foi andando e mais de 2 anos depois já devidamente curado ninguém se avizinha no horizonte e nunca mais tive ninguém. É nesta altura que eu penso que o meu gene Y devia estar a trabalhar, não sei a impelir-me para andar atrás de toda e qualquer gaja, mas não. Penso nisso muitas vezes, "e se tentasses" mas depois vem lá a vozinha do interior "mas não gostas", e penso "e depois", e o que acontesse "nada!".
Sempre que ouço as mulheres queixarem-se da infidelidade dos homens e de correrem atrás de toda e qualquer mulher apetece-me rir, não quero muitas quero apenas uma, mas se calhar tenho de experimentar muitas (já pensei nisto milhares de vezes, o problema é mesmo pensar).
Os meus olhos voltam lentamente as estrada e as minhas mãos ao volante, está quase na minha saída da auto-estrada. "Cruz" diz a tabuleta.
Sempre fui assim desde miúdo, os meus pais nunca foram particularmente carinhosos comigo mas sei que gostam muito de mim, nunca tive muitos amigos e passava muito tempo sozinho. Isso nunca me incomodou, até porque nunca pensei muito sobre isso.
Até que chegaram as hormonas e passei a olhar para as gajas com outros olhos. Embora olhasse muito e convivesse com algumas delas nunca houve nenhuma delas que realmente me despertasse a atenção. Os anos foram passando e todos os meus colegas já tinham tido encontros mais imediatos e mais ou menos duradouros. Comigo era sempre aquela questão, faltava qualquer coisa, se não gosto mais vale estar quieto. Como é que eu sabia disso sem nunca sequer ter experimentado. Não faço ideia, acho que nunca quis o suficiente para realmente tentar, o meu gene Y devia vir com defeito de certeza!
Depois veio a universidade e finalmente um *click* e então entrei de cabeça, custou não foi fácil mas lá consegui o que queria, ela. Como nada dura para sempre, 4 anos depois as coisas tremeram e o meu mundo desabou, demorei muito a recuperar, mesmo muito porra, eu gostava mesmo dela.
A vida foi andando e mais de 2 anos depois já devidamente curado ninguém se avizinha no horizonte e nunca mais tive ninguém. É nesta altura que eu penso que o meu gene Y devia estar a trabalhar, não sei a impelir-me para andar atrás de toda e qualquer gaja, mas não. Penso nisso muitas vezes, "e se tentasses" mas depois vem lá a vozinha do interior "mas não gostas", e penso "e depois", e o que acontesse "nada!".
Sempre que ouço as mulheres queixarem-se da infidelidade dos homens e de correrem atrás de toda e qualquer mulher apetece-me rir, não quero muitas quero apenas uma, mas se calhar tenho de experimentar muitas (já pensei nisto milhares de vezes, o problema é mesmo pensar).
Os meus olhos voltam lentamente as estrada e as minhas mãos ao volante, está quase na minha saída da auto-estrada. "Cruz" diz a tabuleta.
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